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Valeriana officinalis em estudos para ansiedade

A seguir, encontraremos 8 artigos científicos publicados em alguns países, relacionando a planta medicinal Valeriana à redução da ansiedade .



Uma revisão focada nos mecanismos moleculares do efeito ansiolítico da Valeriana officinalis L. em conexão com sua fitoquímica por meio de estudos in vitro/in vivo - 2021


(Tradução livre)

Valeriana officinalis L. (Valerianaceae) é uma das plantas medicinais antigas de maior reputação, utilizadas na fitoterapia moderna e na medicina tradicional. Seu extrato de raiz é um dos sedativos e tranquilizantes à base de plantas mais eficazes, onde a planta também é usada para o tratamento de espasmos gastrointestinais. V. officinalis tem fitoquímica complexa que consiste em derivados iridóides esterificados conhecidos como valepotriatos (por exemplo, valtrato, didrovaltrato, ácido isovalerênico), sesquiterpenos (por exemplo, ácido valerênico), flavonóides (por exemplo, linarina, apigenina), lignanas (por exemplo, pinoresinol, hidroxipinoresinol), alcalóides (por exemplo, actinidina, valerina), triterpenos (por exemplo, ácido ursólico), monoterpenos (por exemplo, borneol, acetato de bornil).


Dentre eles, o ácido valerênico é um composto marcador para padronização dos extratos de raízes da planta e tem sido relatado em muitos estudos in vitro/in vivo como sendo o responsável pela ação ansiolítica da planta. Embora a modulação dos receptores do ácido gama-aminobutírico (GABA) tenha sido revelada como o principal mecanismo da planta com base na existência do ácido valerênico, vários estudos descreveram a interação do ácido valerênico com os receptores glutamatérgicos. Além do ácido valerênico, ácido isovalérico, didrovaltrato, borneol e alguns lignanos também foram propostos para contribuir para o efeito ansiolítico da planta.


O foco dessa revisão foram os dados examinados seletivamente nos estudos in vitro/in vivo sobre a identificação de mecanismos moleculares ansiolíticos de V. officinalis.


Current Pharmaceutical Design - Emirados Árabes

https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/33463459/



O uso da Valeriana officinalis no tratamento de transtornos de ansiedade - 2021


Transtorno de ansiedade é considerado um problema de saúde pública, no Brasil que atinge cerca de 5,6% da população. A ansiedade associada à depressão e à insônia estão relacionadas com alterações bioquímicas, comportamentais e psicológicas. Para conter os sintomas são utilizadas terapias alopáticas, porém devido, aos grandes efeitos colaterais, há grande procura por tratamento alternativo com fitoterápicos como o uso da Valeriana officinalis, pois possuem mesmos mecanismos de ação e poucos efeitos colaterais. Assim como os benzodiazepínicos, a Valeriana atua no Sistema Nervoso Central, como modulador do receptor GABA, possui ação ansiolítica, anticonvulsivante, hipnótica e relaxante muscular.


A ansiedade associada ao estresse, à insônia e instabilidade de humor, dentre outras circunstâncias, pode conduzir as pessoas a experiências emocionais negativas, tornando-se patológica. Desta forma, a indústria farmacêutica propõe linhas de tratamento para os transtornos de ansiedade, que envolvem terapias alopáticas, assim como plantas medicinais (fitoterápicos).


O presente trabalho, utilizando recursos de revisão bibliográfica, mostrou que o uso alternativo de fitoterápicos como a Valeriana officinalis, em relação aos benzodiazepínicos, tem propriedades químicas e farmacológicas eficientes para conter os sintomas, além de evitar problemas toxicológicos pelo uso de medicamentos prolongados. Sua capacidade de atuar no Sistema Nervoso Central é eficaz contra ansiedade, angústias e distúrbios do sono e, basicamente, isenta de efeitos colaterais.


Convém destacar que, no Brasil, qualquer pessoa pode adquirir fitoterápicos sem prescrição médica, gerando o problema de automedicação. Ressalta-se que somente um profissional qualificado pode receitar o medicamento mais indicado para cada sintoma e doença.


UNILAGO - União das Faculdades dos Grandes Lagos - Brasil



O uso da Valeriana officinalis como alternativa no tratamento dos transtornos da ansiedade: uma revisão - 2021


A ansiedade é um estado emocional, que quando gerada por fatores desconhecidos passa a ser patológica. Os fármacos mais utilizados para o seu tratamento são os benzodiazepínicos, que causam efeitos adversos e dependência, e com isso, o uso de plantas medicinais no tratamento da ansiedade tem sido cada vez maior. A escolha do tema foi devido ao aumento de pessoas acometidas com ansiedade, e a prevalência de efeitos adversos e dependência causados pelos ansiolíticos, a fim de buscar alternativas para melhorar a qualidade de vida dos pacientes, de modo que, o objetivo desse trabalho foi avaliar a utilização da Valeriana officinalis como uma alternativa no tratamento da ansiedade.


Foi realizada uma revisão integrativa da literatura, no período de junho a agosto de 2021, em que foram feitas buscas de artigos e publicações dos últimos 5 anos, disponíveis nas seguintes bases de dados (Medline, Lilacs, Scielo, Google Acadêmico), e dos comitês nacionais e internacionais de saúde, utilizando descritores pré-estabelecidos. Foram encontrados 79 artigos dos quais 58 foram avaliados e utilizados.

O estudo forneceu evidências de que a Valeriana officinalis é uma planta medicinal em uso no manejo dos transtornos de ansiedade, com relatos de eficácia de várias indicações diferentes como: insônia, cefaleia tensional, cólicas menstruais entre outras.


Com isso, pode-se concluir que a Valeriana officinalis é sim uma importante alternativa no tratamento da ansiedade, em substituição aos benzodiazepínicos, apesar de o seu mecanismo de ação ainda não estar bem definido. Com isso se faz necessário novos estudos sobre a planta. Ainda se ressalta que o profissional farmacêutico é de suma importância no acompanhamento farmacoterapêutico dos pacientes, e na indicação de terapias não farmacológicas.


Universidade Federal de Campina Grande - Brasil



Raiz de Valeriana no Tratamento de Distúrbios do Sono e Comorbidades Associadas - Uma Revisão Sistemática e Metanálise - 2020


(Tradução livre)

Distúrbios do sono são amplamente prevalentes e associados a várias comorbidades, incluindo ansiedade. A valeriana (Valeriana officinalis L.) é um fitoterápico popularmente utilizado para dormir, porém os resultados de estudos clínicos anteriores são inconsistentes.


Este estudo foi realizado para atualizar e reavaliar os dados disponíveis, a fim de entender a razão por trás dos resultados inconsistentes e fornecer uma visão mais ampla do uso de valeriana para distúrbios associados. PubMed, ScienceDirect e Biblioteca Cochrane foram pesquisados para recuperar publicações relevantes para a eficácia da valeriana como tratamento para os distúrbios do sono e comorbidades associadas. Um total de 60 estudos (n = 6.894) foram incluídos nesta revisão, e metanálises foram realizadas para avaliar a eficácia para melhorar a qualidade subjetiva do sono (10 estudos, n = 1.065) e reduzir a ansiedade (8 estudos, n = 535).


Os resultados sugeriram que as inconsistências eram possivelmente devido à qualidade variável dos extratos de ervas e que efeitos mais confiáveis poderiam ser esperados de toda a raiz/rizoma. Além disso, os benefícios terapêuticos podem ser otimizados quando combinados com parceiros fitoterápicos apropriados. Não houve eventos adversos graves associados à ingestão de valeriana em indivíduos com idade entre 7 e 80 anos.


Em conclusão, a valeriana pode ser uma erva segura e eficaz para promover o sono e prevenir distúrbios associados. No entanto, devido à presença de vários constituintes ativos e à natureza relativamente instável de alguns dos constituintes ativos, pode ser necessário revisar os processos de controle de qualidade, incluindo métodos de padronização e prazo de validade.


Journal of evidence-based integrative medicine - Estados Unidos



Efeito fitoterápico de plantas medicinais sobre a ansiedade: uma breve revisão - 2019


A ansiedade é um dos sintomas mais comuns associados ao estilo de vida moderno. Em contrapartida, percebe-se o aumento pela procura de práticas integrativas e complementares como a fitoterapia para amenizar os sintomas associados à ansiedade.


Dessa maneira, esse artigo tem por objetivo listar os fitoterápicos mais utilizados no tratamento da ansiedade. Trata-se de uma revisão de literatura dos últimos 18 anos, onde foi pesquisado sobre o funcionamento e a aplicação de fitoterápicos e seus efeitos benéficos para promoção de saúde, especialmente na ansiedade. Entre os fitoterápicos de efeito carminativos estão a valeriana (Valeriana officinalis), hortelã (Mentha) e camomila (Matricaria chamomilla), Flor de Laranjeira (Citrus X sinensis), Erva Cidreira (Melissa officinalis) e Capim Limão (Cymbopogoncitratus) que podem tratar de dores agudas e serem sedativas, ainda, o maracujá (Passiflora edulis), e em casos de insônia inclui-se também espinheiro-branco (Crataeguslaevigata), e lúpulo (Humuluslupulus). Em relação aos compostos bioativos, a utilização de alimentos fermentados, de óleos essenciais – especialmente ômega 3, flavonoides, mostraram-se potenciais tratamentos alternativos para a ansiedade.


Os efeitos dos fitoterápicos na promoção e manutenção da saúde, especialmente na ansiedade, vem sendo essenciais para tratamentos terapêuticos complementares. O consumo de ervas medicinais frescas pode ajudar a melhorar a ansiedade, este efeito é melhorado se combinado com o uso de óleos essenciais.


Dessa maneira, conclui-se que existem vários fitoterápicos que auxiliam no quadro de ansiedade. Entretanto, é preciso que haja a condução de mais estudos para a comprovação da eficácia terapêutica, especialmente em seres humanos.


Universidad de la Rioja - Espanha



Extrato de raiz de valeriana officinalis modula circuitos excitatórios corticais em humanos - 2017


(Tradução livre)

Introdução: O extrato de Valeriana officinalis é um fitoterápico popularmente utilizado no tratamento de ansiedade e distúrbios do sono. Embora os efeitos ansiolíticos e sedativos sejam atribuídos principalmente à modulação da transmissão GABAérgica, o mecanismo de ação não foi totalmente investigado em humanos. Protocolos de estimulação cerebral não invasiva podem ser usados para elucidar os mecanismos de ação de substâncias psicoativas no nível cortical em humanos. Neste estudo, investigamos os efeitos de uma única dose de extrato valeriana officinalis na excitabilidade cortical avaliada com Estimulação Magnética Transcraniana (EMT).


Métodos: Quinze voluntários saudáveis participaram de um estudo duplo-cego, randomizado, cruzado e controlado por placebo. Os indivíduos foram obrigados a tomar 900 mg de extrato de valeriana (ácido valerênico 0,8%) ou placebo (uma dose igual de vitamina E). A excitabilidade do córtex motor foi estudada por EMT simples, pareada antes, 1 hora e 6 horas após a administração oral. A excitabilidade cortical foi avaliada usando diferentes parâmetros EMT: limiar motor de repouso, amplitude do potencial evocado motor, período de silêncio cortical, inibição intracortical de curto intervalo e facilitação intracortical. Além disso, foi avaliado a integração sensório-motora por inibição aferente de latência curta e latência longa.


Resultados: Foi encontrada uma redução significativa no parâmetro de facilitação intracortical, sem alterações significativas em outras medidas da EMT na excitabilidade do córtex motor. O valor de facilitação intracortical voltou à medida basal 6h após a ingestão do extrato de valeriana.


Conclusão: Uma única dose oral de extrato de valeriana modula os circuitos facilitadores intracorticais. Nossos resultados em indivíduos saudáveis podem ser marcadores preditivos de resposta ao tratamento em pacientes e apoiar ainda mais o uso de fármaco-EMT para investigar os efeitos neuropsiquiátricos de terapias fitoterápicas em humanos.


Neuropsychobiology - Suíça



Extratos de raiz de Valeriana officinalis têm efeitos ansiolíticos potentes em ratos de laboratório - 2009


(Tradução livre)

A raiz de valeriana (Valeriana officinalis) é um suplemento fitoterápico popular e amplamente disponível, usado principalmente para tratar insônia e ansiedade.

Até recentemente, seu mecanismo de ação permanecia desconhecido. Pesquisas neurobiológicas começaram a mostrar que a erva, com seu ácido valerênico ativo, interage com o sistema GABA(A)-érgico, mecanismo de ação semelhante aos benzodiazepínicos.


Essa série de experimentos buscou corroborar esses achados com medidas comportamentais, compará-los com o benzodiazepínico Diazepam e analisar a composição química da Valeriana officinalis. Os ratos receberam etanol (1 ml/kg), Diazepam (1 mg/kg), extrato de raiz de valeriana (3 ml/kg), ácido valerênico (3 mg/kg) ou uma solução de ácido valerênico e GABA exógeno (75 microg/kg kg e 3,6 microg/kg, respectivamente) e avaliados quanto ao número de entradas e tempo gasto nos braços abertos de um labirinto em cruz elevado.


Os resultados mostraram que houve uma redução significativa no comportamento ansioso quando os indivíduos expostos ao extrato de valeriana ou ácido valerênico foram comparados ao grupo de controle com etanol. As evidências apoiam a Valeriana officinalis como uma alternativa potencial aos ansiolíticos tradicionais, conforme medido pelo labirinto em cruz elevado.


Phytomedicine: international journal of phytotherapy and phytopharmacology - Alemanha



Extratos de Valeriana officinalis L. apresentam efeitos ansiolíticos e antidepressivos, mas não propriedades sedativas nem miorrelaxantes - 2008


(Tradução livre)

Extratos de Valeriana officinalis L. são usados para tratar distúrbios leves do sono e tensão nervosa. Apesar dos intensos esforços em pesquisa, as ações farmacológicas responsáveis pela eficácia clínica da valeriana permanecem obscuras.


Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos relacionados ao SNC – Sistema Nervoso Central de diferentes extratos de valeriana, usando paradigmas comportamentais (camundongos e ratos).


Após a administração oral, duas preparações disponíveis comercialmente (solventes de extração: 45% metanol m/m e 70% etanol v/v), um extrato etanólico 35% v/v e um extrato refinado derivado dele (extrato especial patenteado phytofin Valerian 368) foram testados para atividade sedativa (atividade locomotora, anestesia induzida por éter) e atividade ansiolítica (labirinto em cruz elevado). Usando o nado forçado e o teste do fio horizontal, os dois últimos extratos foram testados adicionalmente quanto às propriedades antidepressivas e miorrelaxantes. Nenhum dos extratos de valeriana apresentou efeitos sedativos com dosagens máximas de até 500 ou 1000 mg/kg de peso. Nem a atividade espontânea foi reduzida, nem a duração da narcose induzida por éter foi prolongada.


Em contraste, os resultados obtidos no teste do labirinto em cruz elevado revelaram um efeito ansiolítico pronunciado do extrato metanólico 45% e etanólico 35%, bem como da phytofin Valeriana 368 em uma faixa de dose de 100-500 mg/kg de peso corporal. Adicionalmente e diferente de seu extrato primário (extrato etanólico a 35%) a phytofin Valerian 368 apresentou atividade antidepressiva no teste de nado forçado após tratamento subagudo. Efeitos miorrelaxantes não foram observados em dosagens de até 1.000 mg/kg de peso corporal.


Devido a essas descobertas, propõe-se que a atividade não sedativa, mas ansiolítica e antidepressiva, que foi elaborada particularmente no extrato especial de phytofin Valeriana 368, contribua consideravelmente para as propriedades da valeriana de melhoria do sono.


Phytomedicine: international journal of phytotherapy and phytopharmacology - Alemanha

https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/18160026/

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